domingo, 12 de outubro de 2014

um mundo cada vez mais egoísta...




Você com certeza já ouviu essa frase: " a diferença entre o veneno e o remédio, é a  dose".
Nosso mundo, está cada vez mais autônomo, as pessoas estão cada vez mais livres para tomar decisões, por outro lado, tamanha autonomia, também tem nos feito cada vez mais egoístas.
Decisões, projetos, mudanças e mais uma série de outras coisas são feitas, sem nos darmos conta de  que estamos todos conectados, que uma decisão, que uma palavra, uma ação, interfere não só a vida do individuo mas pode afetar, uma família, uma comunidade, um grupo, uma rua, uma instituição, uma cidade, o mundo, o futuro.
Eu olho para as pessoas, olho para as redes sociais e a sensação que eu tenho é de que, a necessidade de parecer bonito, feliz, completo, necessário, importante, é o que mais interessa...
essa é uma geração de egoístas.
essa é uma geração com a síndrome do "é meu"!
E outro dia, andando por uma rua bem movimentada de Copacabana, eu percebi, como tudo parece automático, como as pessoas estão mais ligadas ao celular do que conectadas com a vida!
Ninguém mais fica "sozinho", sabe...
na fila do banco, nos ônibus, no meio da rua, ou estão falando ao celular, ou estão dizendo o que estão fazendo, onde estão, ou como estão...
Eu também tenho rede social,
Eu também tenho celular,
mas acho que a gente tá perdendo o olho no olho,
o oi ao vivo e a cores...
acho que a gente quer provar pro mundo que somos felizes,
mas quando perguntamos a  alguém"como você vai" no meio da frase a resposta já ressoa - "tudo bem, e você"...
Será que queremos mesmo saber como o outro está?
Estamos mesmo nos olhando ?
Estamos mesmo preocupados?
Eu convivo com uma geração que aos cinco anos de idade já mostra a camisa La Coste, o tênis da Nike
já exibe o fim de semana para os outros,  como quem narra um filme de aventura.
A autonomia, deveria ser uma oportunidade para o  compartilhamento, o partir do pão, a diminuição da miséria, do abandono, do sofrimento... Não serão grandes ações que mudarão o mundo, mas gestos, palavras, ainda que pequenas, provocarão a revolução de "desumbigar" e olhar menos para a tela do celular e mais para os rostos do mundo!

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